[GSHOW] Blefaroplastia: saiba o que é e como é o pós-operatório da cirurgia de pálpebras feita por Marrone

Procedimento elimina excesso de pele flácida das pálpebras, mas oferece risco grave à saúde; entenda!

No começo deste ano, o cantor Marrone passou por uma série de cirurgias plásticas no rosto, entre elas, a blefaroplastia. A cirurgia consiste na retirada do excesso de pele flácida das pálpebras e bolsas de gordura, tanto na parte superior como na inferior.

A cirurgiã plástica Dra. Larissa Pacheco defende que o procedimento possui muitos benefícios, mas destaca os riscos de uma intercorrência, como o chamado ectrópio, sofrido pelo músico. Mas, antes de explicar detalhes deste problema, vamos entender como é feita a cirurgia.

Como é feita a blefaroplastia?

Após delimitar a região da pálpebra, o médico corta o excesso de pele ou gordura e faz uma sutura. A blefaroplastia leva cerca de 1 hora e pode ser feita com anestesia geral, mas o mais comum é optarem pelo anestésico local: isso vai variar de acordo com a intensidade das alterações a serem realizadas.

“Se é um processo precoce ou se não tem tanta bolsa de gordura, é possível ser feita em consultório médico com anestesia local, desde que o paciente não seja muito ansioso e tenha um perfil mais tranquilo.”

A cirurgia pode ser realizada mais de uma vez ao longo da vida – já que a flacidez pode reaparecer com o tempo –, e não exige uma idade mínima: “Existem muitas pessoas que, dependendo do formato do olho, e essa é uma característica genética, já têm esse incômodo a partir de 25 a 30 anos”, explica a médica.

Além da parte estética, a médica defende que outro benefício é a forma como a cirurgia atua de forma mais natural no rejuvenescimento da face: “Se a pessoa vai deixando essa flacidez de pele se intensificar ao longo da vida, o campo visual vai diminuindo e, principalmente, a visão lateral fica muito prejudicada.”

Ela também pontua que as cicatrizes são mais discretas e quase imperceptíveis, já que ficam localizadas nas dobras naturais da pálpebra. Sem contar que, dependendo do cuidado de cada paciente, as marcas vão sumindo rapidamente.

Contraindicação e riscos à saúde

Segundo a médica, a blefaroplastia não é recomendada para quem tem doenças crônicas como diabetes e hipertensão ou apresenta uma flacidez de tecido muito acentuada: é isso que pode causar o tal ectrópio, ou seja, quando a pálpebra fica dobrada para fora e deixa o tecido ocular exposto -- o processo contrário, chamado entrópio, também pode acontecer, deixando a pálpebra virada para dentro.

Quando não acontece naturalmente, ao longo processo de envelhecimento, essa intercorrência pode ser resultado de uma blefaroplastia inferior, como é o caso de Marrone. E, ao menor sinal de uma eversão das pálpebras, a orientação é procurar por um médico o mais rápido possível.

“Ela é perigosa! Se a gente não corrige, os tecidos oculares ficam expostos ao ar, à poluição e pode haver uma úlcera ou até um ressecamento desses tecidos. A correção é um processo relativamente simples e pode ser feito com anestesia local na maioria dos casos”, alerta Dra. Larissa.

Além disso, o cirurgião plástico Dr. Marcelo Sampaio explica que, caso o paciente não siga as orientações médicas corretamente, podem haver sintomas como irritação, desconforto, sensação de poeira nos olhos e hematomas, que somem em poucos dias.

E, atenção, a retirada em excesso da pele também pode causar uma série de riscos:

  • Ptose da pálpebra superior, que deixa o olhar "caído"

  • Lagoftalmia, quando a pessoa não consegue fechar os olhos

  • Retração das pálpebras e a cicatrização incompleta

"Como toda cirurgia, [a blefaroplastia] apresenta riscos. Eles são minimizados quando a pessoa escolhe um bom cirurgião, passa por avaliação no consultório, faz exames, tem um bom pré e pós-operatório, seguindo à risca as indicações do médico", alerta o cirurgião.

Pós-operatório

Os especialistas destacam que é normal a região ficar inchada ou levemente roxa por até 10 dias após a operação. Os cuidados são simples, mas precisam ser seguidos à risca para evitar complicações:

  • Nos primeiros 7 dias, a recomendação é manter a cabeça elevada pelo máximo de tempo possível.

  • Manter uma compressa gelada na região operada.

  • Sessões de drenagem linfática também podem acelerar o processo de recuperação e diminuir o inchaço.

  • Evitar exposição ao sol por muito tempo (e usar óculos de sol ao sair de casa).

  • Aplicar protetor solar.

  • Não utilizar maquiagem ou qualquer outro cosmético na região operada.

  • Não fazer esforço físico por uma semana

  • Usar os medicamentos prescritos, como anti-inflamatórios e antibióticos, conforme orientado.

  • Caso o paciente exerça uma profissão que não demande muito esforço, está liberado para trabalhar após três dias. Caso contrário, só deverá voltar às atividades de forma gradual após duas semanas, quando, geralmente, os pontos são retirados.

Não confunda com o preenchimento de olheiras…

A Dra. Larissa Pacheco deixa claro que a cirurgia plástica não tem correlação com o preenchimento feito com ácido hialurônico. Apesar de suavizar a aparência de olheiras, os métodos podem ser complementares, como uso da toxina botulínica e o ultrassom microfocado para otimizar o resultado da operação:

“Eles ajudam a dar mais posicionamento e levantar o olhar, melhorar a qualidade de pele das pálpebras, principalmente inferiores, e tirar também essas depressõezinhas, como olheiras e tudo mais.”

Mas ela reforça que são apenas tratamentos secundários e, no caso de flacidez e gordura nas pálpebras, a blefaroplastia é o método que vai atuar com mais profundidade: primeiro, é retirado o excesso de tecidos e, se necessário, aplicada depois as outras técnicas para melhorar a altura do supercílio.”

abr, 2023, Acesse a matéria nesse link

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