[BAZAAR] Cirurgia plástica: descubra as queixas mais comuns nos consultórios e como tratá-las
Bazaar - Mayana Beauty – Foto: Divulgação
“As mulheres, principalmente, têm uma maneira muito divertida de manifestar suas queixas de forma jocosa e, muitas vezes, esses termos acabam entrando de vez no jargão médico a fim de facilitar a comunicação”, explica o cirurgião plástico Marcelo Sampaio, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas (USP), com mestrado em Ciências Médicas (USP) e integrante do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês.
Saiba quais são elas:
Pé de galinha
Com o decorrer dos anos, surgem rugas principalmente na lateral dos olhos. Essas rugas costumam aumentar quando a pessoa movimenta a musculatura periorbital. Existe um músculo em volta da órbita chamado orbicular.
“Ele se contrai quando abrimos um grande sorriso ou apertamos bem os olhos ao piscar. Nessas situações, fica fácil de perceber as rugas aparecendo na pele lateral dos olhos, com um aspecto triangular que lembra um pé de galinha” explica Marcelo. Os pés de galinha podem ser tratados com aplicação de toxina botulínica ou com uma cirurgia plástica das pálpebras, chamada de blefaroplastia.
Bulldog
Em alusão à raça de cachorro que tem dobrinhas na face, é comum chamar de bulldog a sobra de pele da parte inferior do nosso rosto. “Quando isso começa a acontecer, seja pela força da gravidade ou ao decorrer dos anos, a pessoa perde a definição do contorno do osso da mandíbula e isso dá um aspecto envelhecido à face”, explica Marcelo. Para tratar, é preciso fazer um procedimento cirúrgico no rosto chamado face lift ou ritidoplastia.
Bigode chinês
O bigode chinês acontece por uma perda de sustentação do terço médio da face, que é a região da maçã do rosto. É como se ela se deslocasse para baixo, fazendo com que o tecido se acumule próximo aos cantos da boca (daí bigode chinês), formando esse vinco.
“Para tratá-lo, dependendo do grau, pode ser feita a aplicação de preenchedores ou até mesmo uma cirurgia para o reposicionamento das estruturas da face. Com isso, é possível resolver essa queixa muito frequente, principalmente em mulheres na quinta e sexta décadas de vida”, explica.
Bananinha
“Em muitas mulheres existe uma sobra de pele e acúmulo de gordura inferiormente ao bumbum, que as pacientes costumam chamar de bananinha, já que tem o formato da fruta”, conta Marcelo. Esse acúmulo de gordura faz com que se perca o contorno do glúteo, criando uma sensação de que está caído.
Quanto ao tratamento, existe a opção de se fazer uma lipoaspiração com o objetivo de remover o excesso de gordura. Para tratar a sobra de pele, o mais recomendado é a utilização de uma radiofrequência minimamente invasiva, como o Body Tite, por exemplo.
Teste do lápis
“Quando as mulheres percebem que a mama começa a cair, elas brincam que fazem um teste, conhecido como teste do lápis. Trata-se de colocar um lápis embaixo do seio, e observar se ele cai no chão. Se a mama segura o lápis, significa que realmente ela está caída “, conta Marcelo.
O termo técnico para essa alteração chama-se ptose mamária, que é a queda da mama sobre o abdômen. Normalmente, as mamas costumam mudar de posição depois de grandes perdas de peso, após a gestação e amamentação — a mama cresce durante esse período e depois reduz, sobrando uma quantidade de pele — e em mulheres que têm a pele muito flácida.
“Para a correção da ptose existe a opção de se fazer uma mamoplastia, que poderá estar associada ou não à inclusão de uma prótese de silicone”, diz o médico.
Umbigo triste
Uma forma curiosa de se referir à flacidez de pele na região da barriga é falar que o umbigo está triste. “O sorriso triste do umbigo é a dobra de pele que aparece na parte superior do abdômen. Isso acontece muitas vezes pós-gravidez, depois da grande expansão da pele, ou também naquelas pessoas que constitucionalmente têm flacidez cutânea”, explica Marcelo.
O tratamento consiste em procedimentos que resultem em uma retração da pele. “A radiofrequência minimamente invasiva é uma opção e, em casos mais severos, existe a necessidade de se realizar uma plástica de abdômen chamada dermolipectomia abdominal ou abdominoplastia.
Pochete ou pneuzinho
É o acúmulo de gordura nos flancos que faz com que se perca a cintura e a definição do bumbum. “Essa queixa é muito frequente não só em mulheres, mas também nos homens, que reclamam da gordura que fica proeminente na cintura”, revela o médico. Para tratar esse acúmulo de gordura, segundo Marcelo, na maioria dos casos é recomendado fazer uma lipoaspiração para removê-la.
Tchauzinho
“Pacientes com flacidez no braço, que normalmente acontece em mulheres na sexta ou sétima década de vida, além de pessoas que perderam muito peso, chegam ao consultório dizendo que o tchauzinho está incomodando”, conta Marcelo. O problema está na sobra de pele da região do braço que balança ao fazermos o momento de despedida, ou seja, ao dar tchau.
“E isso pode ser tratado com procedimentos minimamente invasivos, como a radiofrequência, e em casos mais severos é necessário fazer a remoção deste excesso por meio de um procedimento cirúrgico chamado braquioplastia”, finaliza.
18 mar 2022, Acesse a matéria original nesse link