[Silicone] Estrutura química do silicone médico

O termo silicone não se refere a um material específico, mas a uma vasta classe de compostos relacionados ao silício (aminas, álcoois, halogenados, aromáticos, etc.), com milhares de substâncias já sintetizadas e identificadas. O material primário usado normalmente como base para produtos na área médica é o polidimetilsiloxane, cuja estrutura é mostrada a seguir:

Os radicais R1 e R2 podem pertencer a várias classes de compostos químicos – metil, vinil, amina, hidróxido, entre outros – e irão conferir diferentes propriedades mecânicas ao polímero, como resistência, elasticidade ou maciez. Além da variabilidade devida aos radicais, outros compostos adicionados ao polímero podem alterar suas características, como por exemplo: adicionando-se sílica não cristalina a um determinado polímero de silicone, aumenta-se sua resistência em 30 a 40 vezes.

Para a fabricação de implantes de silicone são utilizados polímeros de silicone com diferentes densidades e propriedades, com objetivo de compor as duas partes principais de qualquer implante mamário: o elastômero (ou cobertura), e o silicone gel (ou preenchimento).

É importante salientar que os processos de polimerização são reações químicas de difícil controle, e consequentemente, existe grande variação de comportamento e durabilidade entre os implantes. Estudos demonstram variações de até 300% em resistência, elasticidade e quantidades parciais dos compostos, mesmo quando diferentes lotes de um mesmo tipo de implante e fabricante foram comparados.

(autor: Dr. Marcelo Sampaio CRM74553)

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[Silicone] História dos implantes de silicone