[Silicone] História dos implantes de silicone
Os implantes mamários foram desenvolvidos no início da década de 60 por Cronin e Gerow, e desde então são objeto de grandes discussões. Em mais de 50 anos de existência, muitos estudos científicos foram realizados para demonstrar segurança na sua utilização clínica.
Sua concepção inicial visava cirurgias estéticas, e atualmente o campo da reconstrução mamária emprega os implantes em larga escala. Os primeiros implantes eram fabricados com elastômero espesso, em duas metades, que eram coladas para formar uma peça única. Posteriormente passou-se a fabricar o elastômero como uma peça única, preenchida com gel e vedada, com o objetivo de aumentar a sua segurança e resistência. Ao longo do tempo, vários degraus evolutivos foram galgados pelos laboratórios de pesquisa, dando origem às chamadas “gerações” de implantes.
A preocupação sempre foi desenvolver um implante com elastômero resistente, capaz de conter o gel no seu interior, evitando assim a migração de partículas de silicone. O implante também deve ser estável, durável, com uma consistência natural, que não estimule uma reação inflamatória tipo corpo estranho, sem efeito carcinogênico e possível de ser esterilizado. Neste sentido os laboratórios têm pesquisado e desenvolvido materiais cada vez mais inertes, estáveis e eficientes.
Entre o inicio da década de 60 e o final da década de 70 os implantes mamários foram utilizados livremente em vários países do mundo. Em 1976 a agência de controle de drogas e alimentos dos EUA (FDA) iniciou investigações sobre a segurança na utilização de implantes de silicone. Ao longo da década de 80, muitas polêmicas ligando os implantes a doenças do tecido conectivo e outras complicações resultaram em indenizações milionárias, reportagens sensacionalistas na mídia e enorme insegurança da população americana em relação ao procedimento. Todos estes fatores associados a escassez de estudos comprovando a segurança dos mesmos, terminaram com a proibição da comercialização de implantes preenchidos com silicone gel no EUA em 1992 pelo FDA.
Atualmente os implantes de silicone estão liberados para utilização tanto em cirurgias estéticas quanto em reparações das mamas, em quase todos os países do mundo. A extensa literatura médica não comprovou relação danosa a saúde das mulheres com o emprego dos implantes.