[Silicone] Informações importantes

Atualmente, a cirurgia plástica para colocação de prótese mamária é a mais realizada no Brasil. Em 2008, mais de 80 mil mulheres submeteram-se a essa cirurgia. Nos Estados Unidos, país recordista neste procedimento, cerca de 300 mil mulheres tiveram suas mamas aumentadas com silicone no mesmo período. Tal demanda deve-se aos excelentes resultados estéticos obtidos e à conclusão dos estudos que demonstraram segurança na utilização do silicone com finalidade médica.

Aumento mamário após inclusão de silicone

Existem muitos motivos pelos quais as mulheres decidem se submeter ao implante mamário. Os mais frequentes são:

  • Aumento da mama para que o corpo se torne mais proporcional;

  • Recuperar a forma, tamanho e a consistência das mamas que sofreram alterações devido à amamentação;

  • Equilibrar as mamas que possuem diferenças no tamanho e na forma;

  • Solucionar a flacidez decorrente das grandes perdas de peso;

A escolha da forma do implante é fundamental para obtenção do resultado estético desejado. Existem duas formas de implantes de silicone, os redondos e os anatômicos. Habitualmente, os anatômicos proporcionam resultados mais naturais, enquanto os redondos acentuam mais a região superior da mama. O volume de silicone utilizado nas cirurgias estéticas varia de 200cc a 300cc, mas casos excepcionais podem ultrapassar estes limites.

As incisões para a inclusão do silicone podem ser feitas no sulco inframamário (parte inferior da mama), na região da aréola e da axila:

  • Sulco inframamário – Utilizado com mais frequência, porque a cicatriz fia praticamente oculta na pele abaixo da mama. Por esta via, a estrutura anatômica da mama é preservada, sem influenciar na amamentação;

  • Região da aréola – Indicada para mulheres que possuem aréolas grandes e que desejam diminuí-las. Boa opção para pacientes que já amamentaram ou possuem as mamas discretamente caídas;

  • Região da axila – A cicatriz é discreta na região da axila, porém, pode haver mudanças nas vias de drenagem linfática das mamas. O pós-operatório é mais doloroso e cordões fibrosos podem se formar na região axilar.

Os procedimentos de aumento das mamas devem ser realizados no centro cirúrgico em ambiente hospitalar. A anestesia geral é a mais recomendada, para segurança e conforto da paciente.

Leva, em média, de uma a duas horas e a alta é dada normalmente no mesmo dia da cirurgia.

A recuperação, em geral, é tranquila, as dores são discretas e respondem aos analgésicos mais leves. As primeiras 24 a 72 horas após o procedimento são o período de maior desconforto. Passado este primeiro momento, o edema vai regredindo e o incômodo diminui. Com sete dias é possível o retorno às atividades do cotidiano, desde que sejam evitados os esforços físicos. As pacientes não devem erguer as mãos acima da cabeça, afastar os cotovelos do tórax e carregar peso. Também não devem dirigir nas primeiras quatro semanas. O resultado definitivo ocorre após três meses da cirurgia.

Os implantes de silicone, mesmo os mais modernos, deverão ser trocados, em média, 12 anos após sua inclusão. O momento da troca é determinado pelos exames de rastreamento, mamografia e ultrassom de mamas, que todas as mulheres devem realizar após os 40 anos. Os implantes podem dificultar a realização das mamografias, mas não impedem que o diagnóstico de um nódulo mamário seja feito.

A rejeição ao silicone ocorre em aproximadamente 2% dos casos. Clinicamente ocorre um endurecimento da mama e o tratamento pode ser feito com a retirada do silicone ou a sua substituição.

(Texto publicado pelo Dr Marcelo Sampaio na Publicação Trimestral do Núcleo Avançado de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês)

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